Super Mario: Nozom Quest DEMO
Ano: 2021
Autor(a): Stivi
Saídas: 6
Dificuldade: Difícil
Emulador utilizado: Snes9x
Olá, viajantes do blog! Hoje, vamos acompanhar a primeira review de uma ROM hack de verdade de 2025 (sem nada de trailers). A escolhida da vez foi uma curta hack que já joguei há um tempo (e não me lembrava de nada do conteúdo), carregando o nome de Nozom Quest. O que seria um(a) Nozom? Você me pergunta. E eu respondo! Mas depois... Primeiro, vamos ver o contexto desta hack que infelizmente não passou de uma demo.
Segundo a descrição da hack em sua página na SMWC, ela é um pack de níveis (level sampler), mais especificamente níveis de cada mundo da hack completa (que não existe). Vendo que a hack tem 6 níveis (e saídas), concluímos que são os níveis de 6 mundos da hack, mas a página diz ser dos 5 primeiros mundos (provavelmente então dois dos seis níveis são de mesmos mundos).
Sendo assim, a primeira coisa que fiz ao iniciar o jogo pela tela de título (que é bastante bem trabalhada, parecendo até mesmo uma de jogo oficial do Mario) foi ver o tal nível de informação para aprender sobre as habilidades dos personagens.
A sensação que me deu ao ver o nível de informação é que eu voltei pra introdução, já que é a mesma coisa, só muda o texto da mensagem. Mas enfim; aqui vemos o que os novos personagens da hack, Luigi (que de novo não tem nada) e Glubita (uma personagem que nem existe na franquia Mario; acho que o autor inventou ela).
Se não foi dito o que o Mario tem de habilidade, então já podemos ver que o bigode vermelho infelizmente não tem nada de novo - é um personagem para quem quer jogar com a segurança do SMW.
E sim, é bastante legal essa adição não só de personagens na hack, mas também de habilidades para eles dois, mesmo se tratando de um pack de 6 níveis. É também uma maneira de variar a gameplay, já que dá até para rejogar os níveis desfrutando das diferentes habilidades fornecidas aqui.
O jogo não tem história, tanto que o autor faz questão de dizer na página hack que o enredo não vai ser revelado por algum motivo. E o que são as Nozoms do título? São os coletáveis do jogo: losangos roxos que não tem propósito nenhum aqui. Sim, você coleta todos e não ganha nada, nem um nível extra :(
Mas, pelo nome Nozom Quest, não é difícil pensar nesses coletáveis como tema principal do jogo caso completo.
O mapa não é aquela mesma coisa de círculos amarelos e vermelhos: são miniaturas dos temas dos níveis a serem jogados - uma maneira excelente de fazer um mapa, já que combina com um pack de níveis (o que a hack é), e deixa também o jogador na expectativa. Aliás, isso me lembrou uma hack que começa com 'G' e termina com 'auntlet'...
Porém, o mapa tem um probleminha: você troca de nível, mas o nome do nível não muda! Isso acontece de vez em quando, e é algo chatinho, mas nada tão ruim assim. Ah, e para trocar de um personagem para outro não se esqueça: L e R (no mapa).
Quatro goombinhas foram passear... Além das montanhas, para brincar... O Bowser gritou: guahahahaha! Mas nenhum goombinha voltou de lá... |
Os níveis da hack são como açúcar: doces e viciantes. Esse é o ponto forte da hack, e não podia ser outro! Tudo isso é fruto de uma combinação simples e arrematadora: gráficos maravilhosos e mecânicas dignas de um jogo plataforma feito por uma empresa de bilhões de funcionários e investimento.
Vamos começar pelos gráficos: só de entrar no primeiro nível, que não poderia ser de outro tema a não ser grama, você vê que não é exagero: hdma de gradiente diurno? Temos! Parallax no mar? Temos! Cores vibrantes e vivíssimas que fazem até uma pulga se remexer? Temos que só! E o autor ainda colocou uma layer 3 de um reflexo do Sol, que é algo revolucionário de tão criativo!
E não só são os gráficos: os níveis aqui, para fazer jus aos seus temas encantadores, estão repletos de mecânicas e gincanas mais que apropriadas: parece que o autor pensou bastante no que colocar em seus níveis. Todos eles têm algo em especial, assim raramente você vai ficar entediado ou conseguir prever o que vai vir.
Claro que o fato dos níveis serem de mundos distintos conforme a hack ajuda esse fator a acontecer, mas isso não tira o mérito de criatividade do autor de jeito nenhum.
No quesito dificuldade, não se preocupe: o jogo deve ser moleza para você se já tem experiência. Os níveis que mais vão pegar no seu pé aqui são o da tempestade e o último, que parece ser o próprio hell de tanto fogo caindo e subindo.
Eu fico feliz também de dizer com segurança que, mesmo com a dificuldade aumentada em algumas partes do jogo, eu não me preocupei muito com isso - foi tudo espontâneo, já que o jogo não tem sistema de vida aqui e ele te deixa confortável para apreciar os níveis sem preocupação. Nem mesmo os coletáveis poderiam te deixar mais preocupado, porque quando você coleta eles não precisa salvar passando o nível ou pegando o checkpoint: se você morreu depois de pegar o Nozom, vai voltar pro nível já com ele.
Na prática, as habilidades novas dos personagens são mais uma maneira diferenciada de se livrar dos inimigos que se mexem - isso porque o seu verdadeiro inimigo nesse jogo vai ser mais os pulos precisos que você vai ter que dar e os obstáculos que vai ter que passar. Por isso é que a habilidade de airspin (giro aéreo) da Glubita vai ser seu melhor amigo aqui, e até achei justo por isso tirar a habilidade dela de correr em troca disso.
Sobre powerups, tudo o que teremos aqui é a Flor de Fogo e olhe lá.
Notas Finais
Dificuldade: 2,5/10
De fato o jogo tem seus momentos difíceis, mas é uma dificuldade relativamente tranquila. E o melhor é o fato do jogo ser amigável com você, te livrando de preocupações com vida e essas coisas (claro, a não ser que você goste de jogos difíceis feitos para você passar raiva e ficar pirado e paranoico com tudo o que tem no jogo)
Jogabilidade: 8,5/10
Eu não diria jogabilidade, mas sim jogabilidades, já que o jogo nos presenteia com 3 personagens que têm suas habilidades distintas. Não é lá muito comum hacks virem com mais de um jogador ou habilidades novas, e ainda é difícil colocar habilidades novas que sejam realmente úteis como se fosse o próprio pulo. E os níveis são o ápice da variedade: cogumelos caindo, trovões barra pesada e por aí vai.
Gráficos: 9/10
Gradiente, parallax, layer 3 e cores vívidas são o que você vai encontrar por aqui. Que combo saboroso, mais saboroso do que um sorvete napolitano com leite condensado e chocolate por cima. Ainda bem que a hack só tem 6 níveis, senão essa doçura toda chegaria a dar diabetes.
Mapa: 7,5/10
É uma aposta legal e criativa para substituir aquela coisa miniaturizada de sempre.
Músicas: 8/10
As músicas são bacanas. Não chegam a ser nada bombástico ou extremamente novo, mas são o que se espera para os seus níveis.
Total: 9/10
É uma hack que você joga e não vê o tempo passar. Todos os aspectos positivos do jogo fazem ele ser uma joia preciosa que infelizmente só é uma demo mostrando alguns níveis e só. Mas, apesar de tudo, o autor tem bastante talento no sangue!
Antes de terminar....
A hack da review de hoje, colegas, tem uma versão antiga dessa hack que é mais um outro jogo do que uma 'versão' propriamente falando: Super Mario Travellers. Basicamente, a Nozom Quest é uma reinvenção dessa hack, Super Mario Travellers.
A Super Mario Travellers tem 19 saídas e bastante coisa diferente da Nozom Quest, então é mais do que a minha obrigação trazer uma review dessa hack também, que está 'escondida' no histórico de versões da página da Nozom Quest (por que o autor não enviou essa hack como nova ao invés de enviar como uma atualização da Super Mario Travellers?)
E sim, a Travellers também é uma demo, mas com mais níveis. E essa sim tem um enredo: aqui, a Glubita é um alien roxo flutuante (ao invés de ser bípede como na Nozom Quest) que veio do planeta Heiwatia pedir ajuda ao Mario porque o planeta dela está em perigo por causa de uma bola e blábláblá... Melhor ver isso na próxima review, não é mesmo?
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